Entre a majestosa hora de ser feliz
ou tonto ondular de estrelas
Em meio ao canto dos homens
desfaleço de pensar
Ah, solidão em forma de quimera
que me dar nas teias
de amasiar aos monstros
com uma simplicidade de mortal
e amá-los como aos meus animais
os seus mais ardorosos instintos
E não querer convencê-los
nem domesticá-los em nada
Deixem que aprendam por si
as têmperas da fraternidade
Da maneira mais correta
vejo o céu, ele me diz
O seu azul é vagueza
e o seu infinito, sonho
Meus olhos cabem tudo isso
e um pouco mais
de tudo aquilo que tenho que lembrar
aquilo que tenho que esquecer
e de tudo aquilo que tenho que apagar
Na ingratidão e esperteza dos malvados, suas línguas
nunca mais me desfaço, tão pouco lamento
Tais animais, desejam saltar
onde suas propensões não alcançam
sofrem como jumentos, ou como ratos
devo ainda assim amá-los
e despertar em seus apetites
uma incerteza qualquer do belo
mesmo que emergida da inveja
da reação à dança e ao que veleja
uma tenaz obstinação e fome
somente isso já basta
na insaciável onda de calor que perpassa tais corpos
e na marmórea fremitação de suas almas
alguma compaixão sequer
talvez refulgentará em graça
amém.
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