Entre meu primeiro passo no mundo
e meu segundo, estive só
tão só que pude perceber
que meu delírio, único e interminável
na inconstância dos mundos
cabem num instante.
Houve tempos em que duvidei
e em ti, rabisquei a primavera
e soletrei um todo de esperas
já estava correndo nessa era
e meu terceiro passo foi um salto
para encontrar com a pessoas mais bela
que o verão e as outras duas estações
podem promover na terra
que tem apenas essas, ah... apenas essas...
Que coração cheio de incertezas é o meu
que passeia pelo seu e toma um quarto passo
um coração, não preciso de invernos
ele sonha em ser a constância de algo
que definimos e destruimos ao fazê-lo
mas que é todo por inteiro
quando nosso zelo encontra uma canção.
Ai meu deus, como posso não pensar em ser irmão
no entanto, sei da insuficiência dessa rima, desse ritmo
que uso apenas por faltar algo em minhas mãos:
teu rosto, teu corpo, teus cachos, teu começo
meu outono e todas as folhas que marcam os instantes da terra
com uma precisão invejável
ah... como sofro de uma solidão quimérica
mas, você com a sua severa e honesta dona
me tomam, e minha gratidão é perceber
que a brisa... ah... a brisa...
é o seu rosto em minha imaginação.
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