Nenhum soneto
Mestres retiram de ti os teus tatos infantis
São sonhadores impotentes e definitivos
Livuzia... não se usaria essa palavra e fim?
Não tive mestres, uso sem ter nenhum motivo.
Os tropeços e os grunhidos que me visto
Cambaleante, calças-curtas em motim
As palavras pequenas grades em que trisco
Quarto obscuro de desordem, enfim...
Trocaria desajeitos que me ferem
Desejaria pôr então outras palavras
Só depois de lograda a experiência
E conhecendo, assim, obra de mestre
Inconteste às volúpias que me lavram
Não me arrisco a terminar este poema.
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