As minhas vertigens não são colaterais
Alteram por assim dizer a primavera

O que amansa o colo dos amores transversais
Persevera na margem de tudo aquilo que pode vir a ser

Averiguar as canções da tarde e passar a mão na água clara
Os teus sinais são todos imortais e tua face reluz

Amanhece e a vidraça nos impregna de nós mesmos
A vidraça, amortecida em vastidão, sempre almeja o belo

E chora as tormentas que lhe passam ingratidão
Ali sobre o visgo sonso delira e verte ânsia, amanhã

A vidraça chora um musgo e deixa de sorrir
A vidraça germina

Um comentário:

Paulo Tiago dos Santos

Nascido em Vitória da Conquista, "carrega água na peneira" desde pequeno, de 1900 e... esqueci...

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