O polegar                

Não havia aceitado 
até olhar por cima do guarda chuva
e pensei, o céu e seus humores nos enlaça

Ventila, o véu de tuas brumas
e chuva na calçada, enxurrada...
No rio a lama 
e no mar, o grande abismo
ao copo d’água.

Meu deus, como é sério o cristalino
ele ficou assim, foi ficando, tão denso e fino
ao mesmo tempo, o brilho...

Foi aí que surgiu a sintonia com os sinos
do que é transparente, corrente 
como o silvo
que anima a vida dos passarinhos

Quando falamos novas intermitências, 
reescrevemos a sorte?

Quando introjetamos novos signos, 
acrescentamos conexões?

Quando revigoramos o ánimo, 
harmonizamos o self?

Quando projetamos o olhar e outros sentidos, 
criamos?

A mão existia na cabeça e ele não sabia como... 
era cotoco.  
  
    

  

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Paulo Tiago dos Santos

Nascido em Vitória da Conquista, "carrega água na peneira" desde pequeno, de 1900 e... esqueci...

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