Estou amanhecendo lentamente
por tudo que lastimo
e a minha dignidade
não se completa na imagem
antes no imaginário
em que contesto a intenção da repulsa
não a representação do objeto
em questão...

Pois para quem caminhou
sob constante verdade
em um mar de mentiras
nada mais parece ser tão real
quase tudo oferece o seu espectro
o seu desentendimento
as suas fixações

e eu, amistoso com o mundo
ainda assim as acolho
toda minha generosidade
está em ser benevolente
com todos os princípios
mesmo os falsos princípios
ou a falsidade daqueles
que na verdade não os possuem
mesmo acreditando o contrário

que vivam em paz com suas ilusões
perseguindo, mal julgando, matando, ofendendo
exterminando, eliminando, caluniando, ressentindo
e manifestando todo tipo de inocuidade com a vida

aos meus velhos amigos
os enterrei um por um
em suas perversidades
e resignifiquei cada valor na vida
tudo é completamente diferente
do que pensam os mortais
e posso sorrir disso
posso sorrir
sorrir, sorrir, sorrir.

Uma grande gargalhada dialética
uma risada aberrante
um estrondo de humor
a maior de todas as malícias
por outro lado o sumo de pureza ao entorná-la
o grande riso de profundo bem estar
da inevitabilidade da vida.
         

    
     

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Paulo Tiago dos Santos

Nascido em Vitória da Conquista, "carrega água na peneira" desde pequeno, de 1900 e... esqueci...

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