Dilema
meu poema
não finda
e meu poema
tem um fim
não em mim
e não em ti...

Repara
a tarde que cai
e não volta mais
só repara
no azul
que desata em noite
e hoje
não é mais

só repara
no vento
que suavemente
torna o cabelo
em relva
só repara nos olhos
ou melhor
no brilho
e nos olhos
e nos cabelos
e na fonte
e nos montes
e no torpe encontro
que nos espera
 que das era
não há de sobrar
nem mesmo o azul
que é lindo
e vasto…
como um cú

Rima perfeita
assim finda
esse poema.

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Paulo Tiago dos Santos

Nascido em Vitória da Conquista, "carrega água na peneira" desde pequeno, de 1900 e... esqueci...

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