Estava deitado em minha cama
cozia um trapo e tomava a sua altivez
como a melhor vertigem dos dias
Ela aparecia e serenava, meus olhos
brilhavam
e daquilo que não sou capaz, sonhava
Uma canção estava feita em partilha de mim
e ti
ta-te, ta-te, bate a mão, bate, um
abraço pra dormir
Sonhava apenas e amava teus olhos negros
que tornavam minha feição mais bela
Ai se minha ternura alcance suas mãos...
tomaria qualquer desonra por finuras
Deixaria todo mar... que importa o mar?
se teus cabelos nunca hei de afagar
Pois que o penteio com fina escova e carmim
em teus seios, zombam de mim, ai se zombam
Meu corpo, meu elo, meu desvelo...
não me precavejo, posso aprender a amar
Dia desse, um café, desenhos, palavrinhas
tuas, minhas
E o que você guarda dentro de ti, vindo dos
seus olhos...
Espero, enquanto estimo, tento estimar
a tarde que cai.
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