Pensei em meu amor
assim, sem porque... estava lembrando...
E, ao lembrar, tornei-me em chuva
como corredeira alegre trilhei montanhas
riachos, córregos, pedras, ondulações
e terras distantes...
Logo a fibra da minha memória
arrastou impérios e sensações
pela vertigem do que eu chamava de planeta
minha casa e, na verdade, somente parecia corpo
fluido e louco, que permanecia
que me dava a sensação de qualquer permanência
no entanto, sobre uma ordem "qualquer"
um coisa chamada "eu" imperava
como se tudo que havia, resumisse
a essa perspectiva... Ora, estava errado?
Não tanto, pois, de um instante a outro...
sou eu, somente esse louco...
Ah... já esqueci...
de quem? De mim, de você...
Mas, volta e meia, volta um sonho
que faço do "enigma"  - essa palavra análoga a si mesma
quer dizer, carregada de mistérios e concatenações
que me refulge de estilo e me faz sentir um pouco de outras coisas...
O que era mesmo aquela serpente, patrona
com cabeça escondida nas pedras?
Não sei, não quero saber, não tenho raiva de quem sabe...
Ah... não tenho raiva... não tenho raiva... não tenho raiva...

isso basta...
Lembrei de você e não posso deixar de soletrar esse versos que amo
E a saudade que te alcança... é uma vontade de te ver que me sai...

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Paulo Tiago dos Santos

Nascido em Vitória da Conquista, "carrega água na peneira" desde pequeno, de 1900 e... esqueci...

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