As prendas duras do casaco
são botões, vez em quando o tato
confunde, em seu barato, com anões.

Ai, ai, ai... ao som dos afogados
seja o mar, um grande estômago
e a relva uma ornamentação alvelar
ó dolores, moça minha, quantas vezes hei de te amar...

e ao final de todas as extravagâncias
custa nada, uma dança
para fazer o espirito animar
ora, quanta dor estranha, o amor
e doura a pele ao seu favor,
mas não pode um pouco acalentar
deixa que a solidão ornamente teus passos
e nenhuma lágrima vai te visitar...        

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Paulo Tiago dos Santos

Nascido em Vitória da Conquista, "carrega água na peneira" desde pequeno, de 1900 e... esqueci...

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